Uma das grandes intenções do profissional de RH ao realizar uma contratação é admitir um profissional que atenda às expectativas da organização, contribuindo, assim, para a produtividade da empresa.
Ocorre que, muitas vezes, essa realidade se apresenta de outra forma. O colaborador, pelos mais variados motivos, passa a se ausentar das atividades da empresa ou não apresentar o rendimento esperado. Assim, reduzir o absenteísmo e o presenteísmo é hoje o grande desafio das empresas, principalmente, em função dos impactos negativos causados por essas situações.
Para melhor esclarecer os profissionais de RH sobre o assunto, o SINDIMETAL /PR promoveu, na última quinta-feira (12), durante reunião do Grupo de RH, a palestra “Redução do Absenteísmo e Presenteísmo: aumento da produtividade”.
Ministrado pelo psicólogo, analista técnico do Sesi/PR e especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, Luciano Nadolny, o objetivo do debate foi expor os conceitos de absenteísmo e presenteísmo, bem como discutir o impacto desses conceitos nas organizações e de que forma as empresas podem gerir esses problemas.
Absenteísmo, de acordo com o consultor, ocorre quando o colaborador se ausenta da empresa, por vários motivos, tais como indisposição física ou psicológica para o trabalho, insatisfação com a atividade que exerce ou com o salário, além de motivos de ordem diversa.
Já o presenteísmo pode ser observado quando o trabalhador está presente na empresa, mas não desempenha suas tarefas de forma habitual. Nesta situação, ele se encontra desmotivado, desatento, deixando de produzir o esperado e comprometendo significativamente o bom andamento das atividades da empresa.
Segundo estudo apresentado por Nadolny, a gripe e o resfriado são responsáveis por 17,8% dos afastamentos, seguidos pela dor nas costas, que é responsável por 10,5% dos afastamentos.
As estatísticas apontam que auxílios doença previdenciários (B31) correspondiam, no último estudo realizado pela UNIEPRO, a mais de 85% do custo total da Previdência, ficando em apenas 14% o custo com auxílios doença acidentários (B91).
O mesmo estudo ainda mostra que o número de acidentes de trabalho registrados na indústria em 2013 foi de 308.816. Somente no Paraná, o número de acidentes registrados foi de 52.132, o que deixou o Estado na quarta posição do país em número de acidentes de trabalho.
Para gerir os impactos que o absenteísmo e presenteísmo causam na organização, Naldony sugere que as empresas criem dados estatísticos sólidos para enfrentar o problema.
Além disso, o consultor afirma que, ao investir em ações preventivas e na promoção da qualidade de vida do trabalhador, aprimorando suas capacidades, a empresa irá reduzir os custos relacionados a afastamentos e acidentes de trabalho.
“Transformar dados em conhecimento e, posteriormente, em ações práticas, é tarefa do profissional de RH. Para tanto, é preciso olhar a organização como um todo, envolvendo os colaboradores na identificação das necessidades da empresa, seguindo uma linha de ação coparticipativa. Desta forma, o planejamento das ações, baseado em dados confiáveis, é o que irá permitir a criação de estratégias mais eficazes para a redução do absenteísmo e presenteísmo e consequente aumento da produtividade”, finaliza.
Depoimentos dos participantes:
” Gostaria de salientar que a reunião foi muito bacana e produtiva. O conteúdo muito interessante e muito bem elaborado!”– (Glaucia Lima – empresa Arotubi).
” A reunião foi muito boa. Muito obrigado.” (Marcelo Szczepanik – empresa Usinik).